quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Chora

Chora Joana.
Nem todos os dias são iguais.
Nem todos são pra mostrar a mágoa que se sente
Nem sempre se pode desabafar o choro da gente
Sem que alguém diga indignado ou preocupado:
Não chores!
Então chora.
Chora livremente,
Chora angustiadamente.
Pra arreganhar a dor,
Abraçar-se da dor
E depois mandá-la embora.
Chora.
Chora Joana
Que o amor ainda tarda
Que as marcas inda são fundas
E o tempo as cura... mas demora!
Então chora:
Seu barracão no chão
O desamor de um João
Que a dor que é só nossa
Não se consola
Nem com palavras
Nem com boa intenção
A gente só sabe que a dor evapora
Depois e bem depois
Que a gente chora.

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